Os cientistas descobriram que pequenas doses de radiação podem provocar mudanças no ADN. Análises aos filhos de trabalhadores da central de Chernobyl, concebidos depois da explosão, confirmam esta possibilidade.
Cientistas israelitas e ucranianos descobriram evidências de que pequenas doses de radiação podem provocar mudanças no ADN humano e que estas passam para futuras gerações.
A descoberta foi feita depois de análises a crianças, que nasceram depois da explosão de Chernobyl, descendentes de pais que limparam o reactor da central nuclear russa.
Segundo este estudo, publicado no jornal britânico «Proceedings of the Royal Society: Biological Sciences», estas crianças registam um grande aumento de mutações, que poderão ser de longa duração.
«Um inesperado aumento (de até sete vezes) no número de novos fragmentos de DNA» nessas crianças, em compração com o DNA dos seus irmãos que nasceram antes da explosão.
«Os resultados indicam que pequenas doses de radiação podem levar a várias mudanças na colecção de genes do DNA humano que os pais passam para os seus filhos», acrescentam os cientistas.
O estudo encontrou também factores que decréscimo dos efeitos como a passagem do tempo entre a exposição e a concepção e a duração do trabalho dos daqueles que limparam o reactor.
«O facto de muito menos radiação do que geralmente se acreditava poder dobrar o número de mudanças genómicas deve ser seriamente considerada», afirma o estudo.
«Isto é muito importante que existe muita população sujeita a grande pressão mutagénica», concluem os cientistas.