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Anónimo doa 22 milhões de contos para investigar vacina

A universidade norte-americana Johns Hopkins recebeu 22,6 milhões de contos de um doador anónimo para investigar uma vacina contra a malária. A doença mata anualmente entre um a dois milhões de pessoas, sobretudo em África.

Um doador anónimo ofereceu 22,6 milhões de contos à prestigiada universidade norte-americana Johns Hopkins, para iniciar investigações que permitam encontrar uma vacina contra a Malária - doença que mata entre um a dois milhões de pessoas anualmente.

Fontes da universidade disseram que alguns cientistas da sua faculdade de medicina tinham contactado o doador, pedindo um contributo para expandir os seus laboratórios e salas de aulas.

«O doador disse que isso não teria qualquer impacto no mundo e depois propôs uma doação para se estabelecer um centro de investigação de luta contra a malária», afirmou um porta voz.

«A cada 30 segundos uma criança morre de malária», afirmou Alfred Sommer, da faculdade de Medicina Pública da universidade, acrescentando que a malária afecta actualmente «quase 500 milhões de pessoas» no mundo.

A luta contra a malária tem estado a perder terreno porque o seu vírus, o plasmodium, está cada vez mais resistente aos medicamentos actuais.

Investigação é limitada

Contudo, os cientistas afirmam que a investigação sobre a doença é limitada porque «é apenas um problema muito pequeno no mundo desenvolvido».

Por isso, dizem, as companhias farmacêuticas tem poucos incentivos económicos para desenvolver medicamentos para o mundo em desenvolvimento.

Segundo Alfred Sommer, o instituto a ser formado fará investigação da doença com novos instrumentos científicos, nomeadamente a engenharia genética e bioinformática.

«Vamos juntar no instituto jovens cientistas especializados em diferentes áreas, que não têm que necessariamente ser especialistas em malária», afirmou Sommer.

«Queremos ensinar a esses cientistas tudo o que sabemos sobre a malária e, em conjunto, esperamos atingir o objectivo de uma vacina», acrescentou, referindo também a possibilidade de serem encontrados novos medicamentos contra a doença.

Redação