O V Fórum Ciência Viva começa hoje no Pavilhão Atlântico com o objectivo de promover o ensino experimental das ciências. Uma iniciativa do Ministério da Ciência e da Tecnologia que visa melhorar a educação científica.
O V Fórum Ciência Viva, que conta com intervenções do primeiro-ministro António Guterres e do ministro da Ciência e da Tecnologia Mariano Gago, vai reunir em Lisboa, hoje e amanhã, cerca de 300 projectos de alunos e escolas portuguesas, com o objectivo de promover o ensino experimental das ciências.
O Fórum (www.cienciaviva.mct.pt/forumv/), que decorre no Pavilhão Atlântico, no Parque das Nações, integra-se no Programa Ciência Viva, criado em 1996, uma iniciativa do Ministério da Ciência e da Tecnologia que visa melhorar a educação científica e tecnológica através do reforço do ensino experimental das ciências.
«Este Fórum começou como um ponto de encontro entre escolas e alunos com projectos no Programa Ciência Viva e tem vindo a alargar-se, visando hoje aprofundar a cultura científica da população em geral», explicou à agência Lusa Rosália Vargas, directora do Programa Ciência Viva.
Sete mil metros quadrados «científicos»
A quinta edição do Fórum Ciência Viva, onde se repete o espaço reservado aos expositores dos vários projectos de ensino experimental das ciências, provenientes de todo o país, dispõe de uma área total de 7 mil metros quadrados e de dois espaços de sessões práticas para a divulgação científica.
Na «Oficina Ciência Viva», alunos e professores das escolas presentes irão demonstrar, por exemplo, como se constrói uma campainha, um caleidoscópio ou um altifalante, a par de ateliers de robótica e matemática.
O espaço «Ciência ao Vivo» é também composto por sessões práticas, a cargo de cientistas de Universidades e centros de investigação nacionais. Visitar o interior de um microcosmos, descobrir as cores da ciência ou aprender a construir um sismógrafo são algumas das promessas.
Associar a cozinha ao laboratório é outra das propostas inovadoras deste V Fórum. Durante dois dias, os investigadores presentes vão explicar, com a ajuda do «chefe» Joaquim Figueiredo,
qual a ciência que existe num pastelinho de bacalhau ou como fazer uma maionese infalível.
«Este é um exemplo de como se pode fazer divulgação de ciência num espaço ligado ao quotidiano», explicou Rosália Vargas.
«Café de Ciência»
Para hoje à noite, os organizadores do Fórum prepararam um espaço de tertúlia, que pretendem um verdadeiro «Café de Ciência».
Investigadores como Alexandre Quintanilha (co-organizador do evento), João Lobo Antunes ou Rui Mota Cardoso (investigador do IPATIMUP - Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto) deverão animar o debate intitulado «À conversa sobre Ciência, Saúde e Risco».
No auditório, junto do espaço de exposição, professores e investigadores deverão proferir comunicações e trocar ideias sobre o ensino experimental das ciências.
Segundo Rosália Vargas, o apoio ao audiovisual científico e o alargamento das actividades de divulgação de cultura científica são algumas das prioridades a curto prazo.
No sábado, uma comissão internacional de avaliação fará um balanço do Fórum e das actividades do Programa Ciência Viva.
O encerramento do Fórum está a cargo do Presidente da República Jorge Sampaio e do ministro Mariano Gago.