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Cientistas descobrem «segredo» da juventude

Uma equipa de cientistas norte-americanos descobriu uma proteína que protege os filamentos de ADN, evitando que as informações genéticas se percam. Assim, aumenta a vida das células e melhora a vida humana.

Uma equipa de cientistas norte-americana descobriu uma proteína que poderá ser vital para o prolongamento da vida humana.

Esta proteína, é responsável por proteger os cromossomas cada vez que uma célula se divide e envelhece.

Formando uma camada protectora em redor dos filamentos de ADN (ácido desoxirribonucleico), situados nas extremidades dos cromossomas, evitam-se estragos na informação genética.

As investigações pretendem assim alcançar um meio de prolongar a vida das células e, em consequência, alongar e melhorar a vida humana.

Proteína faz «crescer» células cancerígenas

No entanto, a camada protectora dos filamentos de ADN, os telómeros, têm um papel decisivo no prolongamento da vida das células cancerígenas, que se dividem indefinidamente devido à enzima «telomerasa».

«POT-1» é o nome escolhido pelos investigadores do Instituto Médico Howard Hughes (HHMI) de Maryland e da Universidade do Colorado denominaram a proteína descoberta.

«Os cientistas conhecem desde há algum tempo os componentes de ADN dos telómeros e já descreveram as proteínas que se fixam no final desses relógios biológicos», explicou Thomas Cech, presidente do HHMI e especialista em química e bioquímica.

«Mas, até agora, uma proteína actuando como protectora só tinha sido encontrada em certos organismos unicelulares, como as leveduras», sublinhou.

«Uma parte surpreendente desta descoberta é que a proteína POT-1 foi conservada através da evolução desde os organismos unicelulares até aos mamíferos», explicou Peter Baumann, investigador do HHMI na Universidade de Colorado, em Boulder.

Os resultados destas investigações estão publicadas na edição de hoje da revista «Science».

Redação