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Avanços no tratamento de cancros aerodigestivos

Novos avanços no tratamento de cancros nas vias aerodigestivos foram feitos nos últimos anos e, embora não proporcionando a cura total, permitem o prolongamento da vida dos pacientes.

Apesar de não proporcionarem a cura total, os novos avanços nos tratamentos de cancro nas vias aerodigestivas permitem agora ao doente ter uma vida mais longa e uma melhor da qualidade de vida.

Este fim-de-semana, no XXXVII Congresso da Sociedade Norte-Americana de Oncologia Clínica, que se está a realizar em São Francisco, Califórnia, foram apresentados vários estudos que fazem um balanço sobre os progressos e as novas pistas de investigação.

Peter Clark, da Unidade de Ensaios Médicos do Conselho de Investigação Médica de Londres, apresentou os resultados de um estudo realizado em 802 pacientes com cancro no esófago, responsável por mais de 12 mil mortes, todos os anos, nos Estados Unidos.

«Os cancros no esófago são cancros difíceis de tratar, nem sempre operáveis e que estão a aumentar, por uma qualquer razão desconhecida, nos homens brancos com mais de 50 anos», salientou o médico.

Para os casos em que a operação é viável, Peter Clark revelou que sessões de quimioterapia, antes da intervenção cirúrgica, permitem aumentar sensivelmente a sobrevivência dos pacientes: 17 meses, contra os 13 meses daqueles que não foram submetidos à operação.

A percentagem de sobrevivência de dois anos é de 43 por cento para o primeiro grupo e de 34 por cento para o segundo.

Cancro da laringe

Com dez mil casos detectados anualmente nos Estados Unidos, o cancro da laringe é igualmente um cancro em expansão, embora não provoque tantas mortes.

«Mas, até há uma dezena de anos, a única opção era a ablação da laringe, logo do órgão vocal», recordou Arlene Forastiere, do Centro de Oncologia da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore.

Ultimamente, os progressos dos tratamentos permitiram à maioria dos casos conservar os órgãos vocais.

Redação