Os testes efectuados a uma vacina contra o cancro do cólon do recto revelaram resultados muito positivos, dado que todos os pacientes submetidos ao tratamento mostraram sinais de melhorias.
Uma nova vacina contra os cancros do cólon e do recto, desenvolvida através de manipulação genética, registou resultados prometedores nos primeiros ensaios clínicos realizados no homem.
O anúncio foi feito durante o 37º congresso anual da Sociedade Norte-Americana de Oncologia Clínica (ASCO), em São Francisco (Califórnia).
O estudo foi conduzido pela equipa de Lawrence Fong, da Universidade de Stanford, com base nas reações de 12 pacientes com cancros colorectais em fase terminal ou do pulmão.
Método FLT-3
Os investigadores utilizaram, neste caso, um novo método. Os pacientes foram injectados com uma substância, o «FLT-3», para multiplicar por 20 o número de células dendríticas normalmente criadas pelo organismo.
As células dendríticas são muito raras (menos de 1 por cento) mas são essencial, já que comunicam com as células do sistema imunitário (linfócitos ou glóbulos brancos) determinando o alvo atacar.
Os investigadores recolheram então algumas dessas células dendríticas e modificaram-nas, injectando-lhes uma proteína, o antigene carcino-embriónico (CEA), cuja concentração é anormalmente elevada nas células gastrointestinais cancerígenas.
Mas modificaram ligeiramente a proteína CEA, de modo a ser mais facilmente «identificável» pelas células do sistema imunitário.
A resposta imunitária contra CEA
Assim que re-injectaram as células dendríticas «carregadas» de CEA modificado, provocaram também uma resposta imunitária contra as proteínas CEA contidas nas células cancerígenas.
Nos 12 pacientes testados, quatro com cancros colorectais mostraram sinais de melhorias clínicas.