A agência espacial norte-americana (Nasa) admitiu, esta quarta-feira, a possibilidade de vir a transportar civis, em futuras missões. Para isso, os interessados devem submeter-se a uma formação e trabalhar num projecto relacionado com a construção da EEI.
A partir de agora, não são só os astronautas que podem viajar até ao espaço. Esta quarta-feira, a Nasa admitiu vir a transportar turistas espaciais em futuras missões.
Os requisitos passam por uma formação de um ou dois anos, bem como, a participação num projecto que esteja relacionado com a construção da EEI.
Esta decisão acontece depois do milionário Dennis Tito ter pago 4,6 milhões de contos à Rússia para participar num voo da nave Soyuz à Estação Espacial Internacional.
Tal como Tito, os interessados em viajar pelo espaço vão ter de submeter-se a uma formação de um ou dois anos, e envolver-se num projecto relacionado com a construção da EEI.
Inicialmente, a agência opôs-se à presença de Tito, alegando razões de segurança, falta de espaço, e eventuais problemas legais, caso a viagem não corresse bem.
Além disso, a Nasa viu-se obrigada a adiar vários projectos que a tripulação do vaivém norte-americano Endeavour deveria ter efectuado, para deixar o local de atracagem livre para a nave Soyuz.
Em todo caso, esta terça-feira, o administrador da Nasa, Daniel Goldin, referiu que «esta participação de civis nas missões da agência, só podem ocorrer quando não se tratar de viagens directamente vinculadas com a construção da EEI».
Esta iniciativa tem também como objectivo, o desenvolvimento de um programa de educação ou entretenimento que realce o conhecimento e a compreensão do espaço para o público em geral.
A Nasa foi a primeira agência espacial a transportar civis, na década de 80, abrindo a experiência a jornalistas, artistas e professores.
No entanto, em 1986, esta aposta da Nasa foi interrompida devido ao acidente que envolveu a explosão do vaivém Challenger, onde acabaram por morrer uma professora e seis astronautas.