ciencia

Método alternativo apresentado em Lisboa

Um método alternativo à co-incineração foi apresentado, esta quinta-feira, em Lisboa, por um cientista filipino. Salvador Camacho, radicado nos Estados Unidos, considera que o sistema é mais eficaz e menos poluente.

O cientista filipino Salvador Camacho apresentou, esta quinta-feira, um sistema alternativo à co-incineração de resíduos industriais. O autor do projecto está radicado nos Estados Unidos e é professor da Plasma Technology Corporation.

Salvador Camacho defende que o seu método é mais eficaz e menos poluente, pois recorre a plasma aliado a descargas de energia para o tratamento de resíduos industriais, produzindo menos gases.

«Introduzimos quantidades de gás muito pequenas, mas recuperamos os gases de fuel, que fazem parte do papel, por exemplo. Assim é recuperada a energia que posteriormente pode ser vendida, como o gás natural», explicou.

O cientista filipino defende ainda que com a co-incineração todo o material é queimado, sem se conseguir retirar qualquer tipo de energia, e o novo sistema, além de ser menos poluente é também mais rentável.

«Não prejudica o ambiente, aliás, até o limpa. O resultado cobre os gastos», acrescentou Camacho.

No entanto, e apesar das vantagens, este sistema não poderá ser aplicado em Portugal em substituição da co-incineração. Formosinho Sanches, presidente da Comissão Científica Independente, argumenta que este tratamento através de plasma apenas serve para pequenas quantidades de resíduos.

«É uma complementaridade das técnicas mais gerais. A co-incineração não destrói todos os resíduos, destrói uma percentagem muito elevada, e outros poderiam ser tratados por uma técnica destas, por exemplo», referiu.

Segundo Formosinho Sanches, este método poderia ser também aplicado em produtos que não fossem destinados às co-incineradoras.

Redação