Esta sexta-feira, foi apresentada uma investigação realizada por três cientistas franceses, segundo a qual Napoleão morreu envenenado, um acto que resultou de ciúme ou razões políticas, e não devido a um cancro no estômago, aos 52 anos, no ano de 1821.
Está cada vez mais afastada a hipótese de que Napoleão morreu vítima de um cancro no estômago. Três cientistas franceses realizaram um estudo baseado em amostras de cabelos do Imperador, do qual concluíram que a morte aconteceu por envenenamento.
Um dos defensores desta tese é o presidente da sociedade napoleónica internacional, o canadiano, Bem Weider, autor de um livro sobre Napoleão, cuja venda alcançou um milhão de exemplares.
As investigações foram realizadas este Inverno, a pedido do presidente da Sociedade Napoleónica, Bertrand Ludes e Pascal Kintz, do Instituto médico-legal de Estrasburgo, bem como, de Paul Fornès, do Hospital europeu Georges Pompidou. Segundo Kintz, «a concentração de arsénico encontrada nos cabelos de Napoleão é superior ao normal, entre 7 a 38 vezes, o que revela declaradamente que houve intoxicação».
Estes cientistas e historiadores referem ainda que o envenenamento se deve a razões políticas ou ciúme, num acto que terá sido praticado pelos ingleses ou pelo conde Charles de Montholon.
Um descendente deste confirma o envenenamento, mas diz que a intenção não era matar o Imperador, mas fazer com que ficasse doente, de modo aque fosse repatriado para França.
Os cientistas afirmam que se as suas teses sobre o envenenamento não forem aceites, resta apenas exumar os restos do morto e continuar as análises, visto que a exumação permite comparar o ADN dos restos da vítima, com os cabelos já examinados pelos cientistas, de modo a que não restem dúvidas quanto à sua morte, em 1821, altura em que tinha 52 anos de idade.