O presidente dos Estados Unidos vai apresentar aos países europeus uma alternativa ao protocolo de Quioto. A alternativa baseia-se em medidas voluntárias. A sua recusa em cumprir Quioto influenciou a quebra de popularidade de Bush em quatro meses.
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, vai apresentar uma alternativa ao protocolo de Quioto, sobre o aquecimento global.
Esta alternativa será apresentada aos líderes da União Europeia na reunião a realizar em Gotemburgo, na próxima semana, e baseia-se em medidas voluntárias.
Bush esteve reunido com os mais importantes membros do seu gabinete para analisar os detalhes deste plano, mas as medidas devem passar pela redução de emissões de dióxido de carbono nos complexos de produção energética.
Esta reunião foi marcada depois de Bush realizar uma viagem pelo interior dos Estados Unidos e nas quais manifestou estar preocupado com o Ambiente.
Bush foi duramente criticado pela oposição norte-americana depois de renunciar ao protocolo de Quioto, o que levou também à quebra da sua popularidade em apenas quatro meses.
O presidente norte-americano foi criticado também porque durante a sua campanha prometeu reduzir as emissões poluentes das unidades industriais.
Controlar emissões aumenta custos
Para renunciar a Quioto, Bush argumentou que a aplicação do controle sobre as emissões de dióxido de carbono aumentaria os custos de produção de energia.
O protocolo de Quioto estabelecia que em 2012 os países subscritores reduziriam as suas emissões para os valores de 1990.
Bush considerou o acordo como inaplicável e uma discriminação contra os Estados Unidos, e por isso criou uma comissão ministerial para analisar o problema e encontrar alternativas.
Este plano de Bush deve basear-se na premissa de que o dióxido de carbono e outros gases catalisadores do efeito de estufa podem ser reduzidos através da melhoria dos equipamentos dos complexos de produção energética e da preservação de áreas florestais que possam absorver estes gases.
UE e Japão insistem em Quioto
Por outro lado, os Estrados-membros da União Europeia e o Japão insistem nos controles obrigatórios dos gases que provocam o efeito de estufa.
Os Estados Unidos concordam com o facto de o dióxido de carbono aumentar o efeito de estufa mas consideram que «há outros factores a ter em conta».