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Lançamento do Atlantis adiado pela terceira vez

O lançamento do vaivém Atlantis foi adiado, pela terceira vez consecutiva, desta vez para o dia 7 de Julho. Esta alteração de data deve-se a uma avaria no braço robotizado da Estação Espacial que é indispensável para a próxima missão do Atlantis.

A Agência espacial norte-americana (NASA) voltou a adiar, pela segunda vez desde segunda-feira, o lançamento do vaivém Atlantis com destino à Estação Espacial Internacional (EEI). A partida está, agora, marcada para dia 7 de Julho.

É a terceira vez que a missão, prevista para arrancar dia 14 de Junho, é adiada. Com estas alterações de datas, a Nasa ganha mais tempo para tentar reparar o braço robotizado canadiano que se encontra na plataforma orbital.

«Esta nova data dá um tempo suplementar aos responsáveis em Terra e a bordo da EEI para arquitectarem um plano de reparação do braço robotizado», explicou Bruce Buckingham, porta-voz do centro espacial Kennedy, no Cabo Canaveral, Florida.

O lançamento do Atlantis foi adiado, pela primeira vez, devido à alta taxa de humidade residual detectada nas placas do seu escudo de protecção térmica e, na segunda vez, devido a uma avaria no braço robotizado.

Durante a sua próxima missão, que deve prolongar-se por 11 dias, o Atlantis e a sua tripulação de cinco astronautas vão entregar à EEI um dispositivo de fabrico norte-americano (US Joint Airlock) que deverá permitir aos astronautas residentes do complexo orbital efectuarem passeios espaciais.

Engenheiros procuram solução

O braço robotizado de fabrico canadiano, necessário para a instalação deste engenho, bloqueou recentemente durante um processo de testes no espaço.

Os engenheiros do centro de controlo suspeitavam, à partida, de uma falha no software e realizaram várias tentativas de reparação a partir de Terra. Põem-se agora a hipótese da avaria ter origem numa falha da unidade electrónica montada numa das articulações do braço.

Este braço - uma espécie de grua móvel com 17,5 metros de comprimento - é indispensável para continuar a instalação dos diferentes módulos e estruturas da EEI.

O engenho, que custou cerca de 141 milhões de contos, representa o maior contributo canadiano para o projecto da Estação Espacial.

Redação