Apesar de Angola ser o país mais priviliegiado para assistir à interposição da Lua entre a Terra e o Sol, o eclipse atravessa outros países africanos, que já se estão a preparar para assistir ao acontecimento, que é o primeiro do género neste terceiro milénio.
Nada se irá verificar em Portugal mas amanhã vai ter lugar o primeiro eclipse total do Sol do terceiro milénio. Desta vez, os privilegiados são alguns países africanos, dos quais se destaca Angola, de onde será possível observar o fenómeno com uma faiza de 200 quilómetros de largura.
No entanto, também Moçambique, São Tomé e Príncipe e a Zâmbia vão poder observar a interposição da Lua entre a Terra e o Sol.
Para que todos possam disfrutar da visão, o governo moçambicano decidiu dar «folga« aos trabalhadores, num páis onde só existem oito feriados por ano.
Dado que, nas sociedades africanas, este tipo de fenómenos suscita muitas interpretações - principalmente nas zonas rurais - tem vindo a ser feita uma campanha de desdramatização, quer em relação à natureza do eclipse quer aos riscos que pode acarretar para os olhos.
Tolerância de ponto
Em São Tomé e Príncipe, o governo também concedeu tolerância de ponto, tendo também alertado os cidadãos para que não observem o fenómeno sem protecção ocular especial.
Neste arquipélago, o eclipse não será total mas será decerto muito interessante, já que acobertura é de 70 por cento da superfície do Sol.
Stock de óculos esgotado
Um pouco mais longe, na Zâmbia, o stock de óculos especiais está já esgotado. Por isso, alguns vendedores ambulantes aproveitam-se da falta de óculos para vender os poucos que ainda possuem pelo dobro do preço.
Cada para de óculos custa cerca de um dólar (120 escudos) o que está fora do alcance da maioria dos zambianos, que vive abaixo do limiar da pobreza.