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Estudo científico visa melhorar soldados norte-americanos

O Pentágono pediu a realização de um estudo científico que admite uma futura aplicação da biotecnologia de forma a conseguir soldados mais resistentes a doenças e ferimentos. O relatório do estudo indica que até 2025 os soldados terão mais força e resistência.

O Pentágono pediu a realização de um estudo científico que vem agora admitir uma futura aplicação da biotecnologia de forma a conseguir obter soldados mais resistentes a doenças e a ferimentos.

Michael Ladisch, professor de agricultura e engenharia biológica da Universidade Purdue, no Estado de Indiana, diz que «a biotecnologia e os materiais biológicos podem melhorar extraordinariamente o suporte logístico das forças armadas».

Ladisch dirigiu o estudo pedido pela Comissão para a Ciência e Tecnologia das Forças Armadas, do Conselho Nacional de Investigação, dos Estados Unidos. O relatório desse estudo diz que «ainda que até ao ano de 2025 os soldados possam parecer-se muito com os actuais, serão recrutados numa sociedade armada pela biotecnologia, com mais força e resistência às doenças e ao envelhecimento».

Soldados seguidos por satélite

O relatório indica ainda que para evitar que estes novos soldados possam ferir ou matar acidentalmente os seus próprios companheiros, poderão ingerir compostos denominados como «biomarcadores», que farão com que sejam identificados pelos seus camaradas e podem permitir o seu rastreio através de sensores e satélites.

O estudo aponta para que se tornem as rações de combate mais digeríveis, através de enzimas, que podem fazer com que os soldados obtenham mais calorias sem terem que transportar o peso desses alimentos. As rações poderão também ter vacinas para doenças, como diarreia por vírus intestinais e ainda a disenteria.

Guerreiros do futuro não têm frio

Nas doses de combate serão também introduzidos compostos anti-microbianos para reduzir ou eliminar a necessidade de transportar equipamentos de refrigeração para os locais de conflito. Assim, os soldados recebem caramelos nutritivos que façam subir a temperatura do corpo em climas frios e que possam também reduzir as hipóteses de serem detectados por sensores inimigos.

O estudo em causa foi elaborado por 16 cientistas de universidades e empresas. Nos próximos 20 anos vão ser desenvolvidos «biosensores, capazes de detectar ameaças químicas, biológicas e ambientais de todo o tipo», aponta o documento.

Componentes bioelectrónicos aplicados nos combatentes

O relatório refere ainda que os soldados em causa terão «componentes bioelectrónicos que lhes permitam a sobrevivência em ambientes de alta radiação» e vão usar «materiais inspirados biologicamente que vão dotar as tropas com uma blindagem leve». Os soldados serão também sujeitos a terapias para os traumas e choques provocados pelas perdas excessiva de sangue».

O relatório sugere o desenvolvimento de novos tipos de memória informática, baseadas em proteínas, o que possibilitará a sua utilização em computadores portáteis e também a «utilização das características genéticas dos soldados para aumentar a eficácia das vacinas», assim como o aperfeiçoamento de novas técnicas que permitam a cicatrização e crescimento de nova pele em soldados queimados e de vasos sanguíneos e tecidos ósseos em soldados feridos.

Redação