A partir de 30 de Junho, e durante seis dias, o Centro de Congressos de Lisboa (à Rua da Junqueira, antiga FIL) acolherá as sociedades europeias e pan-americanas de bioquímica.
Esperam-se mais de 1. 800 cientistas para este Congresso, que será o 27º Congresso da Federação Europeia das Sociedades de Bioquímica (FEBS), que discutirão alguns dos avanços obtidos em áreas como a dinâmica celular, biologia do desenvolvimento e bioinformática.
Este congresso tem, em relação aos anteriores, uma particularidade, como explica Claudina Rodrigues-Pousada, presidente da Sociedade Portuguesa de Bioquímica, entidade organizadora da conferência: «Este Congresso realiza-se pela primeira vez em colaboração com a Associação Pan-Americana de Bioquímica e Biologia Molecular».
Uma colaboração que traz um interesse acrescido por trazer a Lisboa investigadores de países como o Chile, Uruguai ou Argentina, que podem usufruir de boas oportunidades em Lisboa segundo Claudina Rodrigues-Pousada, que sublinhou que «por outro lado, será uma oportunidade para ouvir cientistas, como os brasileiros, que estão a investir muito na área do genoma».
A presidente da Sociedade Portuguesa de Bioquímica adiantou que deverão ser apresentadas neste Congresso novas análises da sequenciação do genoma, que tem gerado alguma controvérsia devido aos possíveis erros na descodificação anunciada pela Celera Genomics e pelo consórcio público financiado pelo governo norte-americano.
Há 500 portugueses inscritos no Congresso, sendo que 15 irão proferir conferências e dois publicarão revisões de artigos científicos num número especial da «FEBS Letters», a revista da Federação, que aproveitará o Congresso para o seu lançamento.
A sessão de abertura, no próximo sábado, contará com a presença do Ministro da Ciência e Tecnologia, Mariano Gago.