Um geólogo italiano, Luigi Piccardi, defende a tese de que no lago Ness, na Escócia, não há nenhum monstro e os fenómenos observados por várias testemunhas, não são mais do que consequência de tremores de terra, já que o lago fica ao longo da falha de Great Glen.
Um geólogo italiano, Luigi Piccardi, defende uma teoria que elimina o mito do monstro do «Loch Ness», na Escócia.
Piccardi diz que não há nenhum monstro no lago (na foto) e que os fenómenos observados, por várias testemunhas ao longo dos anos, não são mais do que consequências de tremores de terra, já que o lago se situa ao longo da falha de Great Glen e numa zona de bastante actividade sísmica.
O geólogo, membro do Centro para o Estudo de Geologia de Pesquisa Nacional, em Florença, diz que «o lado norte do lago é a parte mais activa do lago do ponto de vista sismológico e corresponde ao local onde muitas testemunhas alegam ter observado alguma coisa, mas nos relatos as pessoas não dizem que viram o monstro, apenas que vêm a água agitada e ouvem ruídos altos».
«As pessoas acabam por acreditar que é o monstro, mas pode ser um pequeno tremor de terra, com uma emissão de gás», continuou o especialista italiano.
Luigi Piccardi acredita que a actividade sismológica ao longo da falha é a responsável por todos os relatos sobre o «Nessie». Os pequenos sismos podem produzir um som assustador e libertam bolhas de gás que agitam a superfície do lago.
O primeiro registo de um relato sobre o lendário monstro data do século VII, quando uma pessoa disse ter visto um monstro antes do dia de S. Columba, fundador do cristianismo na Escócia. Esta situação terá ocorrido também no lado norte do lago, na mesma área onde testemunhas, nos anos 30, disseram ter visto a água a ficar agitada.
O especialista italiano vai apresentar a sua teoria, esta quarta-feira, em Edimburgo.