Uma equipa de investigadores da Universidade Tufts e do Hospital Brigham de Boston descobriu que o óxido nítrico, uma molécula mensageira, desempenha um papel chave na iluminação intermitente dos pirilampos, um mecanismo similar ao usado no medicamento Viagra.
O óxido nítrico é a chave para que os pirilampos acendam e apaguem as suas «lanternas» durante o processo de acasalamento. A descoberta foi feita por investigadores da universidade de Tufts e do Hospital de Brigham de Boston.
Este composto ganhou notoriedade no tratamento das disfunções erécteis humanas, sendo o «mediador» que estimula o medicamento Viagra.
Barry Trimer, o cientista que dirigiu esta investigação disse já ter conhecimento do «mecanismo químico que fazia brilhar os pirilampos, mas agora conseguiram obter a peça do puzzle que faltava para explicar como podem acender e apagar este dispositivo».
O investigador, em conjunto com Sara Lewis, também da Universidade de Tufts, e Thomas Michel, do Brigham Hospital de Boston, vão publicar os resultados do seu trabalho na edição de sexta-feira da revista «Science».
As «lanternas» dos pirilampos, que ocupam grande parte do seu abdómen, contêm milhares de células especializadas, chamados «fotocitos», porque emitem luz. Dentro desses fotocitos, existem substâncias químicas denominadas «luciferina» e «luciferasa», as verdadeiras responsáveis pela produção da luz, que reagem quando entram em contacto com o oxigénio.
Segundo Trimer, o flash luminoso dos pirilampos acende-se quando o sistema nervoso envia um sinal para a «lanterna», o «mensageiro» que torna esta reacção possível é o óxido nítrico.
Para os investigadores, foi uma surpresa descobrir que o óxido nítrico é a «chave» da luz que os pirilampos emitem durante o acasalamento, sendo, simultaneamente, o químico mais importante entre os mediadores que favorecem a relação sexual entre os seres humanos.