O governo australiano anunciou, hoje, ter completado uma lista de 17 mil pessoas que participaram em testes nucleares britânicos, nos anos 50 e 60, indo agora estudar os efeitos sobre esses indivíduos.
O ministro dos Assuntos dos Veteranos, Bruce Scott, explicou que os estudos começaram em Julho e se centraram em testes realizados em Maralinga, Monte Bello e Emu, três localidades australianas.
«Trata-se de um importante passo em frente, que deveria ter sido dado há anos», comentou Scott.
Mais de metade da lista é constituída por civis, mas há também pessoal da Marinha e da Força Aérea.
Em Maio, vários peritos australianos e britânicos denunciaram esses programas experimentais sobre radiações em que dizem ter sido utilizados seres humanos como «cobaias».
O projecto realizado em Maralinga visou testar a protecção dos uniformes oficiais à exposição radioactiva, pelo que foram detonadas quatro bombas nucleares e feitas experiências com 800 soldados, 560 deles australianos.