Foi anunciada a descoberta de uma peça de gelo do maior Objecto do Cinto de Kuiper (KBO), um anel situado na mesma zona onde se encontra Plutão. O objecto poderá medir entre 960 e 1270 quilómetros e está situado abaixo da órbita de Neptuno.
Foi descoberta uma peça de gelo protoplanetária abaixo da órbita de Neptuno, o que faz os cientistas pensar que poder existir mais objectos deste tipo naquela parte do sistema solar.
Esta peça, que poderá ser maior que a Caronte, uma lua de Plutão, é considerada pelos cientistas o maior objecto conhecido no Cinto de Kuiper, um anel gelado abaixo dos planetas compostos de cometas primordiais.
Os cientistas chegaram a esta conclusão porque este é «intrinsecamente o mais brilhante Objecto do Cinto de Kuiper (KBO)». As medições chegaram à conclusão que o objecto, denominado 2001 KX76, poderá ter 1270 quilómetros de diâmetro, mais 70 que esta lua de Plutão.
O objecto, no entanto, poderá ter cerca de 960 quilómetros, um resultado que foi apresentado por uma medição alternativa. O objecto poderá ser menor em relação à primeira medição se refletir mais luz face ao que foi antecipado pelos cientistas.
Mesmo que se confirme apenas o tamanho da segunda medição esta ainda será superior a um outro objecto encontrado no princípio do ano na mesma área, baptizado de Varuna, um KBO de cerca de 900 quilómetros.
«Temos muitos motivos para acreditar que os objectos tão grandes ou maiores do que Plutão estão lá a espera de serem descobertos» disse Robert Mills, chefe da equipa que fez a descoberta e director do Observatório Lowell, no Arizona.
Desde 1992, os astrónomos já identificaram mais de 400 objectos deste tipo, acreditando-se que milhares estejam ainda escondidos. Segundo a maioria dos astrónomos modernos, Plutão deverá pertencer a esta família de objectos celestes, embora este seja considerado habitualmente considerado um planeta.
O telescópio espacial infravermelho, SIRTF, a ser lançado em 2002, deverá permitir medições mais precisas dos diâmetros dos KBO.