Um astrónomo francês descobriu que as grandes galáxias engolem as mais pequenas e desta forma a Via Láctea e a Andromeda vão fundir-se. Uma situação que não é alarmante visto que não deverá ocorrer antes de três a quatro biliões de anos.
As grandes galáxias engolem as outras mais pequenas e desta forma um dia a Via Láctea e a Andromeda vão fundir-se. A teoria foi difundida por um astrónomo do Observatório de Estrasburgo, em França.
Rodrigo Ibata anunciou a descoberta de uma «mancha» de estrelas na galáxia de Andromeda que pensa serem reminiscências de galáxias anãs satélites de Andromeda.
«Isso revela que as galáxias pequenas foram engolidas pelas grandes», disse Ibata, cujas descobertas forma publicadas ontem na revista Nature.
«As galáxias grandes forma formadas através da fusão de muitas galáxias menores num sistema hierárquico», explicou sublinhando que «os sistemas menores são os primeiros a formarem-se e então começam a interagir formando estruturas maiores».
Ibata adiantou ainda que, como a nossa Via Láctea, a estrutura espiral da galáxia vizinha Andromeda é rodeada por uma esfera ou halo de estrelas e «matéria escura» não visível. O grupo de estrelas que Ibata descobriu é no halo de Andromeda e está situado a cerca de três milhões de anos de luz da Terra.
Para este astrónomo a galáxia satélite parece ter sido partida e em seguida absorvida pela onda gravitacional da Andromeda. Segundo Ibata, as galáxias maiores vão interagir mas não há motivo de alarme imediato.
A colisão projectada entre as duas, que resultará na formação de uma galáxia única elíptica, não deverá ocorrer antes de três a quatro bilhões de anos.