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Patrões de olho no «e-mail» dos trabalhadores

Vinte e sete milhões de trabalhadores em todo o mundo têm o seu correio electrónico vigiado pelas chefias dos seus empregos. O baixo preço da tecnologia de espionagem das mensagens parece ser o facto que faz com o número de trabalhadores vigiados tenha atingido esta fasquia.

Cerca de 27 milhões de trabalhadores que usam correio electrónico no trabalho em todo o mundo num universo de 100 milhões têm as suas mensagens vigiadas pelas chefias, concluiu a Fundação para a Privacidade.

Segundo o estudo, nos Estados Unidos, um terço dos trabalhadores americanos com acesso ao correio electrónico estão sob este tipo de vigilância, o que significa um número próximos dos 14 milhões.

O estudo concluiu que este tipo de vigilância tem sido usado para acumular bases de dados com informações que depois são utilizadas para despedir empregados.

Este tipo de espionagem tem aumentado cerca de 50 por cento nos últimos anos tudo porque a tecnologia para o fazer é bastante barato.

O relatório da Fundação para a Privacidade denuncia os 1,8 milhões de dólares (cerca de 425 mil contos) que o exército americano gastou para vigiar cerca de 200 mil empregados. Uma média de 9 dólares (cerca de 2 mil escudos) por trabalhador.

Andrew Schulman, director do estudo, defendeu que todas as empresas que recolhem informações nos correios electrónicos deveriam avisar os seus trabalhadores, já que muitas vezes estes desconhecem a possibilidade de ser despedidos pelo que escrevem nas suas mensagens.

Redação