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Descobertos doze novos satélites de Saturno

Uma equipa internacional de astrónomos descobriu mais doze satélites de Saturno, uma descoberta desvendada na ultima edição da revista «Nature».

Os novos satélites que se juntam aos 18 já conhecidos são de dimensões muito reduzidas e possuem órbitas irregulares que podem ser reagrupadas em várias famílias.

A equipa de astrónomos foi dirigida por Brett Gladman do Observatório de Côte D'Azur, em Nice.

Até 1979, data da primeira visita ao planeta por um engenho espacial, não se conhecia com clareza os nove satélites daquele planeta gigante, situado a uma distância do sol entre 1346 e 1511 milhões de quilómetros: Mimas, Encelade, Téthys, Dioné, Rhéa, Titan, Hypérion, Japet e Phoebé (nomes de titãs e gigantes da mitologia grega).

As missões espaciais da sonda Voyager e as observações intensivas de Saturno revelavam então a existência de novos satélites para acrescentar à lista: Pan, Atlas, Prométhée, Pandore, Epiméthée, Janus, Télesto, Calypso e Hélène.

A existência de dois, talvez quatro outros satélites, foi anunciada em 1995 mas nunca foi oficialmente confirmada.

Descobertos entre Agosto e Fevereiro passados, os 12 novos satélites do «planeta dos anéis» são de muito pequenas dimensões; têm entre três e 30 quilómetros de diâmetro apenas, contra os 5150 do mais «generoso», Titã, sobre o qual será largada, em Janeiro de 2005, a sonda americana Cassini.

A equipa que realizou esta descoberta debruça-se sobre um estudo sistemático do ambiente de Saturno, que contou com a ajuda de telescópios contra o Sol, de dimensões médias (menos de cinco quilómetros de diâmetro), segundo estima Douglas Hamilton, astrónomo da Universidade de Maryland num comentário acompanhado do artigo publicado na revista Nature, que entretanto avança também com técnicas auxiliares para a descoberta de outros satélites em planetas gigantes como Jupiter, Urano e Neptuno que podem seguir-se.

Deste modo, Saturno mantém-se o planeta solar do qual se conhece o maior número de satélites (30, contra 28 de Júpiter, 21 de Urano e 8 de Neptuno) mas pode ser por pouco tempo.

Redação