As Nações Unidas querem avaliar a diferença entre o acesso à internet nos países ricos e nos países pobres. Para isso, a Tanzânia, a África do Sul, a Roménia e a Bolívia vão servir como casos de estudo.
As Nações Unidas querem avaliar a «diferença digital» entre os países pobres e os países ricos, nomeadamente no uso da internet. A ONU vai usar a Tanzânia, a África do Sul, a Roménia e a Bolívia como casos de estudo.
Assim, o programa das Nações Unidas para o desenvolvimento, o PNUD, a empresa de consultadoria Accenture e a Fundação Markle, sem fins lucrativos, devem enviar durante o Verão, peritos que possam ajudar estes países em vias de desenvolvimento a expandirem o acesso à internet e outras redes de comunicação.
Se os casos de estudo Tanzânia, África do Sul, Roménia e Bolívia alcançarem bons resultados, as equipas de consultores podem estudar outros 25 países em vias de desenvolvimento durante o próximo ano.
G8 vão estudar soluções
O consórcio Iniciativa Oportunidade Digital (IOD) fez um relatório em que concluiu que os países pobres podem melhorar a qualidade de vida se adoptarem leis favoráveis ao comércio, se construírem infra-estruturas de comunicação e se formarem os trabalhadores no uso da internet.
A IOD sugere o uso de tecnologia sem fios, já que os monopólios governamentais, em países em vias de desenvolvimento, para as telecomunicações, dificultam a oferta de chamadas baratas de longa distância, ou de ligações à internet.
Este relatório apresenta algumas soluções para problemas levantados num outro relatório, concluído no mês de Maio, e que deverá ser enviado à próxima reunião dos G8, em Génova, que decorre de 20 a 22 de Julho.
O relatório da IOD incita os países mais pobres a copiarem os programas bem sucedidos de países como o Bangladesh, o Brasil, Costa Rica, El Salvador, Estónia, Índia e Malásia.
O Japão contribuiu com 3,5 mil milhões de contos e a Agência Internacional norte-americana para o Desenvolvimento contribuiu com 23,4 milhões de contos, mas não houve mais investidores para subsidiar as recomendações do projecto.
É também esperado que os G8 façam donativos concretos em Génova, nem que seja só para afastar a ideia de que apenas estão interessados em falar sobre a questão.