ciencia

Consultas por e-mail ajudam pacientes a falar do problema

As pessoas que comem em excesso e as que sofrem de bulimia têm alguma dificuldade em falar directamente com um especialista mas, através de correio electrónico, a ajuda é melhor recebida.

Paul Robinson, director do Sector de Distúrbios Alimentares do Hospital Real Independente de Londres, desenvolveu um programa terapêutico através de correio electrónico, com três meses de duração, dirigido às pessoas que não conseguem controlar os impulsos de comer e para quem sofre de bulimia.

Na opinião deste médico londrino, a terapia pode ajudar os pacientes que de outra forma não procuravam ajuda.

É uma nova técnica «promissora que tem grande potencial e deve ser avaliada adequadamente», referiu o médico, confessando que só uma minoria de pessoas com distúrbios alimentares «procura algum tipo de terapia, porque sentem-se envergonhadas».

Foram enviadas mensagens por correio electrónico a 20 mil estudantes universitários, convidando qualquer um que sofresse de distúrbios alimentares a entrar em contacto com a equipa de Paul Robinson.

Das respostas recebidas foram seleccionados 23 indivíduos que enviavam diariamente uma informação sobre os seus hábitos alimentares e sentimentos. De seguida, a equipa respondia com conselhos e comentários.

Ao longo de três meses de estudo, «comprovou-se uma diminuição significativa dos sintomas de depressão e quase todos os pacientes queriam algum tipo de terapia», afirmou Robinson.

Redação