A WWF diz que o aquecimento global do planeta está a pôr em risco a sobrevivência das baleias azuis. Tudo porque as radiações ultra-violetas podem causar o desaparecimento do krill, um crustáceo fundamental na alimentação das baleias. Alguns especialistas discordam.
O aquecimento global está a pôr em causa a sobrevivência das baleias azuis da Antárctida, dado que o seu principal alimento, um crustáceo de nome krill, está desaparecer devido ao descongelamento do gelo no mar, diz a WWF (Fundo Mundial para a Natureza).
Para esta organização, a culpa é do alargamento do buraco do ozono e por isso é necessário redobrar os esforços para evitar as alterações climáticas.
No relatório da WWF pode ler-se que as radiações ultra-violetas podem causar mortalidade e danos ao ADN dos krill e as radiações ultra-violetas do tipo B podem causar impacto nas algas das quais os pequenos crustáceos se alimentam.
Ainda segundo a WWF, toda a cadeia alimentar do Antárctico fica ameaçada pelo declínio do krill, mas o problema é especialmente grave para as baleias azuis já que a espécie está em extinção.
No entanto, alguns cientistas que trabalham no Antárctico já disseram que as afirmações da WWF são exageradas e têm como único objectivo fazer mais exigências que não podem ser cumpridas.
Um perito no estudo dos krill e dos seus predatores diz que o crustáceo tem de facto diminuído nos últimos 20 anos, «mas determinar se foi por causa da diminuição dos krill ou por causa do aumento dos animais que se alimentam dos krill é difícil».
A baleia azul é o maior animal do mundo, podendo consumir por dia cerca de oito mil quilogramas de krill. A WWF calcula que existam menos de mil baleias azuis no Antárctico.