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Cientistas desenvolvem pele artificial sensível ao cancro

Cientistas franceses desenvolveram uma pele humana especialmente sensível ao cancro. O objectivo é melhorar a prevenção dos cancros cutâneos, não apenas nas pessoas com xeroderma pigmentoso, mas também na população comum.

Cientistas franceses desenvolveram uma pele humana especialmente sensível ao cancro, que poderá significar um importante avanço ao nível da terapia genética e da indústria de cosméticos.

O objectivo é melhorar a prevenção dos cancros cutâneos, não apenas nas pessoas com xeroderma pigmentoso (XP), mas também na população comum exposta aos efeitos nocivos do sol.

O xeroderma pigmentoso é uma doença genética rara, podendo ser mortal devido à elevada predisposição para o cancro de pele induzida pelos raios ultravioletas (UV) solares.

Enquanto na população normal o sistema de reparação de ADN permite compensar os danos causados pelos UV, nas pessoas que sofrem de XP existe uma anomalia ao nível dos genes responsáveis por essa reparação, originando o aparecimento de cancro de pele e consequentemente a morte prematura.

A partir de amostras de pele, os cientistas desenvolveram uma técnica de reconstrução e de cultura in vitro da pele XP, utilizando processos de cultura de pele humana como aqueles que são aplicados no tratamento de grandes queimaduras

A equipa conduzida por Thierry Magnaldo e Alain Sarasin, do laboratório de estudo das relações de instabilidade genética e cancro, CNRS-Villejuif, contou com a colaboração de investigadores do fabricante de cosméticos L'Oreal.

«Graças ao desenvolvimento do primeiro sistema de reconstrução de pele humana hipersensível à radiação ultravioleta, os mecanismos moleculares e celulares da génese do cancro de pele vão poder ser dissecados ao nível do tecido» explicaram os investigadores.

Os cancros cutâneos são os tumores mais frequentes no ser humano e a sua ocorrência aumenta com a exposição aos raios ultravioletas solares.

Redação