Sociedade

Habitantes de Almeida dão mais um dia à CGD para repensar manutenção de balcão

Miguel Pereira da Silva / Lusa

Os habitantes de Almeida, no distrito da Guarda, decidiram hoje dar mais um dia à administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) para que possa repensar a manutenção do balcão local.

A população voltou a protestar contra a intenção da CGD em encerrar a agência daquela vila histórica, situada junto da fronteira com Espanha, e pelas 14h30 de terça-feira ocupou as instalações, situação que terminou às 00h00 de quarta-feira.

O presidente e o vice-presidente da Câmara de Almeida deslocaram-se a Lisboa para uma reunião com a administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD), mas o encontro não aconteceu, tendo reunido com o diretor-geral do banco.

Os dois autarcas chegaram a Almeida pelas 22h15, altura em que comunicaram à população o sucedido e apelaram para que seja dado o dia de quarta-feira à administração do banco para que inverta a decisão e mantenha o balcão em funcionamento, com o serviço de tesouraria.

"Vamos dar um dia à administração da CGD no sentido de perceber que a nossa união está forte, que as nossas razões são muitas, que a nossa situação é única, que é uma discriminação", declarou o vice-presidente da Câmara Municipal de Almeida, Alberto Morgado.

O autarca também pediu à população de Almeida e do concelho, porque as contas estão agora domiciliadas no balcão de Vilar Formoso, para que, na quinta-feira, pelas 14h30, se dirijam àquela dependência "para saberem das suas contas" e propôs que permaneçam nas instalações "em protesto".

Alberto Morgado exigiu ao Governo que o administrador da Caixa, Paulo Macedo, "repense a estratégia", sob pena de ser pedida a sua demissão.