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Cientista português elabora mapa genético da população

Um investigador da Universidade de Aveiro termina em breve a caracterização genética do povo timorense. O trabalho, iniciado há 50 anos, tem aplicação em vários domínios.

De onde vêm os timorenses? A pergunta deve ficar respondida dentro de um mês, quando o cientista Luís Souto, da Universidade de Aveiro, concluir a caracterização genética da população timorense.

Este levantamento começou a ser feito na década de 50, mas foi interrompido pela ocupação indonésia. Agora, Luís Souto prepara-se para terminar o trabalho.

Análises ao ADN

O estudo está a ser feito «em moldes modernos com tecnologia de análise do ADN», utilizando os «marcadores polimórficos do ADN» explica.

Quando começou a investigação, recorda Luís Souto, «o estudo foi muito minucioso, bastante bem elaborado e permitiu caracterizar uma diversidade muito grande» de timorense.

Mais de 30 grupos identificados

Em meados da década de 60, estavam classificados 31 grupos etno-linguísticos, acrescenta o cientista.

«Certamente que hoje está tudo muito mais misturado e que é um padrão bastante mais complexo», assegura.

O estudo serve para saber qual o legado português no mapa genético timorense e pode ser bastante útil para a Justiça.

Timorenses podem ter outros genes

Além disso, pode dar-se «a eventual descoberta de algumas formas alternativas dos genes e que poderão ser desconhecidos nas outras populações já estudadas como por exemplo as europeias», acrescenta Luís Souto.

O investigador tem a ajuda dos militares portugueses em Timor-Leste que recolhem amostras nas unidades de saúde do Exército instaladas nas diversas regiões da ilha.

Redação