Anda a pôr os responsáveis informáticos de todo o mundo com os olhos em bico, mas o «Code Red» pode não ser, ao contrário do que se pensava, de origem chinesa. O ataque esperado para esta madrugada parece estar «atrasado».
O verme digital «Code Red» pode, afinal, não ser de origem chinesa. Os peritos chineses não assinalaram, até ao momento, nenhum ataque no país e um responsável da McAfee já assumiu que «é muito difícil» saber a origem dos vírus.
Apesar da mensagem que deixa à sua passagem - «Pirateado por chineses» - o «Code Red» pode não ser chinês. Um perito chinês da Ruixing Computer Development Co, uma empresa de protecção contra os vírus informáticos, sedeada em Pequim, afirmou: «o vírus não vem da China , a sua aparição e difusão não têm nada a ver com a China».
Outros peritos contactados pela France Presse são da mesma opinião e um porta-voz do gabinete de controle da segurança na internet francês frisou que não existe a mínima indicação de que o verme possa ser de origem chinesa.
«Code Red» está «atrasado»
O novo ataque deste verme digital era esperado para a 1:00, mas parece estar «atrasado». «Tudo parece normal», declarou à AFP Dan Berkowitz, porta voz da Keynote Systems, uma empresa californiana de vigilância da internet. «Temos alguns cortes, mas nada de extraordinário», frisou.
No entanto, apesar do pouco impacto do «Code Red» na madrugada de quarta-feira, ainda não é tempo para respirar de alívio.
«Até ao momento, todos os centros de segurança governamentais e privados não registaram qualquer actividade anormal associada ao «Code Red» mas vamos continuar vigilantes e a monitorizar a situação ao longo da noite», disse Ron Dick, director do gabinete de Protecção de Infraestruturas Nacionais do FBI.
«Apesar de não haver actividade agora, não quer dizer que a tempestade tenha passado. Vai demorar algum tempo antes de podermos tirar conclusões definitivas», acrescentou.
As autoridades alertam que o efeito total dos danos do «Code Red» pode demorar alguns dias ou mesmo semanas antes de ser conhecido.