Foi anunciado ontem (quarta-feira), por cientistas americanos, a descoberta do esqueleto de um dinossauro herbívoro que viveu em Madagáscar, há cerca de 70 milhões de anos.
Esta descoberta foi relatada na revista «Nature» e corresponde ao esqueleto de um titanossauro, da família dos saurópodes, de pescoço comprido e grande cauda.
Este esqueleto foi baptizado de «Rapetosaurus krausei», em honra de um gigante mítico do folclore malgaxe e de David Krause, líder da expedição da «State University of New York» (SUNY). Foram as investigadoras Catherine Forster (da SUNY) e Kristina Curry Rogers, do Museu Científico de Minnesota, que deram o nome ao fóssil.
Curry Rogers declarou à Reuters que os «titanossauros, embora sejam um grupo de dinossauros que se podem encontrar por todo o globo, são mal conhecidos. Este 'specimen' é realmente importante porque pela primeira vez é-nos dada uma imagem de como se parece um titanossauro da cabeça à cauda».
«Tem ossos admiravelmente preservados tanto do esqueleto como do crâneo», acrescentou Curry Rogers.
Este gigante parecia-se com um brontossauro. Tinha uma cabeça pequena, pescoço alongado e uma cauda longa. Era quadrúpede e chegava a medir aproximadamente 15 metros e meio.
A descoberta deste esqueleto quase completo deu-se no nordeste de Madagáscar, numa pedreira, no ano de 1995. Desde aí os trabalhos de reconstrução do enorme «puzzle» ósseo prosseguiram, até à publicação do estudo na revista «Nature».