A Comissão Europeia recordou quarta-feira que, por razões éticas, se opõe à clonagem de seres humanos. Lembrou, no entanto, que neste domínio os Estados-membros são competentes para legislar.
Depois do ginecolista italiano Severino Antinori ter deixado clara a sua intenção de clonar um ser humano antes do final do ano, a Comissão Europeia recordou quarta-feira a sua oposição à clonagem de seres humanos, por motivos éticos.
A fazer esta «declaração de princípios», sem carácter vinculativo, Bruxelas lembrou ainda que cada Estado-membro é competente para legislar neste domínio.
A porta-voz da Comissão Europeia lembrou que os Quinze recusaram, por unanimidade, a clonagem humana na Carta de Direitos Fundamentais, em Dezembro do ano passado.
Andrea Dahmen disse que a Comissão vai continuar a rejeitar a clonagem humana, não financiando as iniciativas a partir de 2003, quando entra em vigor o novo quadro comunitário de apoio à investigação.
«Esta tecnologia está num estado muito prematuro e acarreta graves riscos, nomeadamente o cancro ou envelhecimento precoce, para os embriões que possam ser produzidos», acrescentou.
Sendo a Grã-Bretanha o único país que interdita, por lei, a clonagem humana, a Comissão Europeia apelou aos restantes membros que legislem sobre esta matéria.