Um grupo de cientistas que desenvolve investigações sobre a genética humana considera que clonar humanos será mais fácil do que clonar animais, apesar de não afastar o risco de problemas. A maior parte dos clones morre ou nasce com malformações.
Um grupo de cientistas, que desenvolve investigações sobre a genética humana, diz que os seres humanos serão mais fáceis de clonar do que os animais.
Esta notícia surge após um médico italiano ter anunciado que pretendia clonar humanos como forma de ajudar casais estéreis a ter filhos. Muitos cientistas reagiram de forma negativa às declarações do Severino Antinori, porque a clonagem envolve sérios riscos, já que a maior parte dos clones morre, nasce com malformações genéticas ou vem a desenvolver doenças como o cancro.
Numa investigação desenvolvida na Duke University Medical Center, na Carolina do Norte, nos Estados Unidos, concluiu-se que a causa destes riscos pode estar num gene específico que é responsável pelo controle do crescimento das células. Se o gene não funcionar correctamente, as células podem crescer de uma forma descontrolada, originando assim o desenvolvimento de tumores.
Numa fecundação normal esse gene é transmitido dos progenitores para os seus filhos, mas em muitos animais, ao contrário dos humanos, esse gene não é aplicado. O processo de clonagem afecta o gene e o embrião pode crescer descontroladamente.
Dolly também sofre
No caso das ovelhas, em cada 300 embriões, um desenvolve-se normalmente, mas mesmo a ovelha mais famosa do mundo, a «Dolly», está a sofrer consequências relacionadas com esse gene, estando a envelhecer muito rapidamente e a ganhar muito peso.
Os investigadores encontraram a diferença genética observando a evolução dos genes e dizem que a questão terá cerca de 70 milhões de anos. O gene ter-se-á desenvolvido como uma forma de controlar o crescimento de fetos, na evolução do ser humano.
Os cientistas concluem ainda que o gene funciona de uma forma diferente com os humanos e com os animais como os ratos. O facto de algumas substâncias químicas terem sido rejeitadas nestas investigações pode ter que ser reequacionado.