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Laboratório norte-americano apresenta «a fera»

Um laboratório norte-americano apresentou o seu super-computador, o mais potente do mundo e que está programado para poder simular a explosão de uma bomba nuclear. «A fera» ocupa uma área de dois campos de basquetebol e foi construído pela IBM.

Um laboratório governamental dos Estados Unidos, o Laboratório Nacional Lawrence Livermore, apresentou o seu super-computador, construído pela IBM, o ASCI White.

O ASCI White, já apelidado de «a fera» ocupa uma área equivalente a dois campos de basquetebol com equipamento avaliado em cerca de 24 milhões de contos e está programado para poder simular uma explosão nuclear.

«A fera» está dividido em unidades do tamanho de frigoríficos e foi apresentado com a intenção de simular testes nucleares que o governo norte-americano prometeu não realizar.

O supercomputador foi construído pela IBM com 8192 processadores regulares e usa uma versão adaptada do sistema operacional AIX. O ASCI White tem o peso de 17 elefantes adultos e necessita de um sistema de ar condicionado que serviria para 756 casas e usa cerca de 100 quilómetros de cabos.

Na prática, este computador pode efectuar num segundo as operações que uma calculadora normal concluiria em 10 milhões de anos e é mil vezes mais poderoso que o «Deep Blue» que derrotou o mestre de xadrez Garry Kasparov.

«Estamos numa corrida contra o tempo e temos que passar a vez a uma nova geração de engenheiros nucleares que nunca projectou nem nunca testou uma arma nuclear», disse um porta-voz do laboratório.

O último teste nuclear subterrâneo que os Estados Unidos realizaram foi efectuado há dez anos e os cientistas que participaram nestes projectos são já uma «espécie em extinção», pelo que os computadores devem ocupar os seus lugares.

Para o futuro está previsto tentar construir, até 2005, um outro computador que possa efectuar cerca de 100 bilhões de cálculos por segundo. «A fera» «apenas» realiza 12,3 bilhões de cálculos por segundo.

Redação