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Lixo nuclear pode ter lugar no Sol

Um astronauta americano quer tornar o Sol numa lixeira para os detritos nucleares da Terra. Bastava enviar o lixo para lá, o Sol ganhava mais brilho e a Terra ficaria mais limpa. Só falta vontade política, diz o astronauta.

David Scott não tem dúvidas que é tecnicamente possível «despejar» os detritos nucleares da Terra no... Sol.

O projecto que este astronauta apresentou em Itália defende o envio dos «detritos radioactivos acumulados ao longo dos últimos sessenta anos através dos vaivéns espaciais que existem actualmente».

Sol mais brilhante

Para David Scott, «o Sol, que já é radioactivo, iria recarregar-se com o mesmo elemento e ganharia nova vitalidade».

Esta teoria foi apresentada perante uma centena de cientistas de 31 países, que debatem em Itália os desafios planetários no início do novo milénio.

Segundo declarações de Scott publicadas hoje no jornal «La Reppublica», o projecto não terá consequências negativas para a atmosfera ou para o Sol, já que «será como lançar uma palha

num forno».

Uma longa e cara viagem

Problemas técnicos também não existem. Apenas falta «a vontade política dos grandes da Terra, das multinacionais que dispõem dos recursos e a sensibilização da opinião pública», afirma.

O «único» problema são os «enormes custos» da missão. O Sol está a 150 milhões de quilómetros e cada viagem até à lixeira Sol «pode custar cerca de 100 milhões de dólares (22 milhões de contos)», sendo necessárias «dezenas de missões para acabar com os detritos radioactivos».

David Scoot, de 69 anos, é o astronauta que em 1971 foi o responsável pela missão Apolo 15 e alerta que o problema dos detritos radioactivos é hoje «um rastilho prestes a detonar».

Redação