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Cientistas utilizam deserto para encontrar água em Marte

Cientistas franceses vão utilizar a árida e vasta superfície do deserto ocidental egípcio como campo de prova para a possibilidade da existência de bolsas de água em Marte.

O objectivo é aperfeiçoar, em condições similares à do «planeta vermelho», um novo protótipo de sonda que vai integrar a missão do foguetão Ariane 5, que partirá para Marte em 2007.

O novo instrumento, baptizado de «Netlander» está dotado de quatro sondas que vão procurar, a partir de Fevereiro, possíveis bolsas de água perto do oásis de Siwa, no noroeste do país, numa zona que há milhões de anos foi um grande mar.

«Elegeu-se o deserto egípcio porque, provavelmente, contém reservas de água a várias centenas de metros de profundidade», explicou o investigador egípcio Esam Hegy, que participa no projecto.

O protótipo foi desenvolvido por engenheiros da Agência Espacial Francesa (CNES), que já desenvolveu outros radares para buscas de água.

«Cada uma das sondas do Netlander peneirará amplas áreas da superfície terrestres de Marte, e tentará encontrar água a cerca de mil metros de profundidade», acrescentou Hegy.

Os peritos franceses indicaram que a escolha do deserto egípcio se ficou a dever ao facto de as possibilidades de êxito do Netlander estarem relacionadas com «a comprovação do seu funcionamento na superfície o mais parecida possível com as condições em que vai trabalhar».

A Agência Espacial dos Estados Unidos (NASA) anunciou em Junho de 2000 que as imagens recolhidas durante a missão da «Mars Global Surveyor» demonstraram a existência de água no «planeta vermelho», elemento fundamental para a existência de vida.

Redação