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Resultados de pesquisas são distorcidos, dizem revistas

Os interesses económicos estão a fazer com que os laboratórios distorçam os resultados das pesquisas sobre medicamentos, que depois são publicados em revistas da especialidade. A acusação é feita pelos editores das 11 revistas mais conceituadas em todo o mundo.

De acordo com os editores das 11 mais conceituadas publicações da área científica, o resultado de pesquisas e análises de novos medicamentos estão a ser alterados e publicados em revistas médicas.

Os editores afirmam que os interesses comerciais estão a levar à referida distorção, ocorrendo, por exemplo, uma ampliação dos benefícios dos novos remédios e escondidos os efeitos colaterais.

As revistas ameaçaram que, a não ser que haja provas de que as análises são independentes, os resultados não serão pubilcados, de forma a proteger os pacientes.

A lista de publicações que está a alertar para o problema inclui a revista britânica «The Lancet», a Revista da Associação Médica Americana, a Revista da Associação Médica Canadiana e a Revista Holandesa de Medicina.

Mortes por efeitos colaterais

Segundo um dos editores, todos os resposnáveis pelas revistas já viram exemplos de análises de remédios em que os interesses dos pacientes já foram postos de lado, para beneficiar as grandes companhias farmacêuticas.

Num casos citado, que terá ocorrido no Reino Unido, alguns pacientes chegaram mesmo a morrer devido ao efeito colateral de um fármaco. Esta consequência foi supostamente desprezada pelos autores da pesquisa.

No entanto, a Associação da Indústria Farmacêutica Britânica, afirma que as pesquisas no país são conduzidas com altos padrões éticos e de independência.

Redação