«Os asteróides são mais misteriosos do que imaginávamos», disse Erik Asphaug, da Universidade da Califórnia, ao comentar as novas informações recolhidas recentemente pela sonda espacial «Near Shoemaker», da NASA, quando entrou na órbita do asteróide Eros.
O facto de um artefacto humano estar pela primeira vez em contacto com um asteróide - a sonda espacial «pousou» em Fevereiro no Eros e enviou imagens para a Terra -, veio revolucionar o modo como os cientistas encaram estes astros.
Por muito tempo os asteróides foram considerados meras pedras no espaço, mas agora descobriu-se que a sua composição geológica é bem mais complexa do que se pensava.
O Eros, o segundo maior asteróide conhecido com órbita próxima da terra, um astro com biliões de anos, revelou um aspecto irregular, com «poeiras» movediças, que constituíram uma surpresa para os astrónomos.
Das quase cem imagens recolhidas pela Near Shoemaker, em Fevereiro passado, algumas delas demonstravam uma enorme cratera, que terá espalhado diversas rochas pela área, algumas delas com mais de 15 metros de diâmetro.
O estudo dos asteróides pode mesmo vir a ter uma importância determinante para a vida na terra. Apesar do sucesso da missão da sonda espacial Shoemaker, enviada pela NASA ao Eros, existe ainda um longo caminho a percorrer na descoberta destes astros, como salienta Erik Asphaug, da Universidade da Califórnia.
«Esse desconhecimento faz com que ignoremos a forma como os asteróides com órbitas próximas à da Terra se comportariam no caso de uma intervenção de nossa parte para impedir que se choquem (contra o planeta).»