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Buraco do ozono atinge os valores mais baixos dos últimos dez anos

O buraco de ozono pode estabilizar ou até diminuir durante os próximos anos, segundo um estudo realizado recentemente. Este ano o buraco atingiu os valores mais baixos da última década.

O buraco do ozono vai estabilizar ou até mesmo diminuir, durante os próximos anos, segundo estudos realizados pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e pela NASA.

Os cientistas destas organizações divulgaram um estudo segundo o qual a área do buraco de ozono sobre o Antárctico atingiu, em 2001, os valores máximos de 26 milhões de quilómetros quadrados. Ou seja, este ano o buraco atingiu valores idênticos às médias dos últimos três anos.

«Isto está relacionado com o facto de ter havido um esforço, por parte das pessoas, de produzirem menos compostos de cloro que destroem o ozono», afirmou o cientista da NOAA, Samuel Oltmans.

No futuro próximo, (tendo em conta fenómenos naturais como as erupções vulcânicas) espera-se que o buraco do ozono mantenha a mesma largura verificada nos últimos anos, embora possam surgir pequenas diferenças relacionadas com variações meteorológicas.

Buraco pode diminuir nos próximos 40 anos

A longo prazo, dentro de trinta ou cinquenta anos, os cientistas esperam ver o buraco do ozono, que está localizado sobre a antárctica, diminuir à medida que os níveis de cloro na atmosfera reduzem.

A camada formada por ozono, um gás de cor azulada que faz parte da atmosfera, está situada na estratosfera e protege o planeta das radiações ultravioletas que prejudicam as condições de vida na Terra e que favorecem o aparecimento de cancro da pele nos seres humanos.

A área total do buraco do ozono é proporcional à sua gravidade e ao perigo que representa para a pessoas. É no período da primavera, na Antárctica, que o buraco do ozono se manifesta.

Os níveis mais baixos dos últimos 10 anos

As medidas feitas, este ano, aos buracos do Pólo Sul e do Antárctico revelam que o desgaste do ozono da estratosfera atingiu os níveis mais baixos dos últimos 10 anos.

«O ano passado registou-se o maior buraco de sempre mas formou-se muito cedo e desapareceu rapidamente», afirmou o cientistas da NASA R.D. McPeters. «Este ano o buraco estava 10 por cento mais pequeno».

Todas as primaveras, quando sol começa a despontar no Antárctico, ocorrem reacções químicas que envolvem átomos de cloro e bromo libertados pelos clorofluocarbonetos (CFCs) na estratosfera e destroem o ozono causando o ameaçador buraco.

O ozono presente na estratosfera nada tem a ver com o ozono existente junto à superfície (ozono tropoesférico), um poluente resultante da queima de combustíveis fósseis (indústria, emissões dos escapes dos automóveis e outras fontes) e grande responsável pelo chamado «efeito de estufa» e as consequentes alterações climáticas.