O novo sistema operativo da Microsoft, o Windows XP, é apresentado, esta quinta-feira, numa difícil situação do mercado informático, devido ao ambiente de recessão a nível global. «O maior acontecimento Windows» será apresentado com funcionalidades para ser um sistema estável e robusto.
O novo sistema operativo da Microsoft, o Windows XP, é apresentado, esta quinta-feira, numa situação do mercado informático que é a pior possível. Apesar do produto ser bom, o momento não podia ser pior.
No segundo trimestre de 2001 as vendas mundiais de computadores pessoais recuaram pela primeira vez em 15 anos.
A apresentação do Windows XP (que significa 'experience') vai ser um dos pontos altos da 18ª edição da Inforpor, uma feira de negócios na área das tecnologias de informação. A cerimónia de apresentação do produto coincide com o dia de abertura da feira e com o seu lançamento no mercado.
O ministro da Ciência e Tecnologia, Mariano Gago, vai inaugurar oficialmente a Inforpor 2001, que vai decorrer na FIL, no Parque das Nações, em Lisboa. A Inforpor decorre desde quinta-feira até domingo e tem informações disponíveis em www.inforpor.pt .
Com o XP a Microsoft cumpre a sua promessa de juntar numa mesma linha de produção sistemas operativos para utilizadores domésticos e profissionais. Disponível nos pacotes «Home» e «Professional», as duas versões garantem as funcionalidades que o tornam no mais robusto e estável sistema operativo que o gigante informático alguma vez pôs no mercado.
XP quer fugir aos piratas
O XP tem inovações como o facto de não necessitar de um utilitário para descompactar ficheiros, nem de um programa adicional para gravar CD-R ou para apagar um CD-RW. O sistema pode efectuar transferências de quase todas as máquinas fotográficas digitais e a configuração para o acesso à internet via ADSL necessitará apenas do «login» e da «password».
Outra inovação do novo sistema operativo prende-se com a pirataria. A empresa de Redmond tem perto de 80 por cento do mercado mundial de PC e os seus produtos são dos mais pirateados.
Assim, a Microsoft decidiu repescar o sistema que permite a instalação do produto em apenas duas máquinas, já que a empresa tem em conta as pessoas que tenham um computador de secretária e um portátil. Apesar dos esforços do programadores, na internet há já um «crack» que alega poder activar o sistema e contornar a segurança da Microsoft.
Caso contrário pode-se pagar cerca de 30 contos à Microsoft, ou 12 contos com uma licença para estudantes e professores.
Empresas e particulares
Quanto ao facto de se a instalação do XP compensa ou não, poder-se-á dizer que apenas para particulares. Em muitas empresas a máquinas funcionam já com o Windows 2000, fiável, com todas as funcionalidades necessárias a uma empresa, robusto e com um «up time» de praticamente cem por cento.
No mercado doméstico a situação inverte-se. O Windows 98 domina ainda o mercado, já que o ME acabou por ser um falhanço, levantando mais problemas do que os que se propunha resolver. O maior problema do XP no mercado doméstico estará relacionado com os jogos.
Além das diferenças serem ainda poucas, desde o dia 11 de Setembro as empresas estão mais preocupadas com a segurança e preferem pacotes de actualização a preços mais baratos, em vez de terem que comprar licenças individuais.
Em Portugal, a saturação informática ainda não existe, pelo que as empresas e particulares deverão continuar a comprar computadores que a partir de quinta-feira vêm equipados com o Windows XP. Quem usava uma cópia de um Windows terá que pagar a licença à Microsoft ou esperar que os «cracks» para o XP possam surgir.