Especialistas ingleses da Universidade de Gales propõem o uso de uma versão modificada da vacina contra a varíola para combater o cancro cervical. Os investigadores precisam de pelo menos 20 voluntárias, para encontrar a cura de uma doença que afecta 465 mil mulheres por ano.
O vírus do papiloma humano (VPH) que está na origem do cancro cervical está ser alvo de uma investigação por especialistas ingleses. Estes pretendem usar uma versão modificada da vacina da varíola, de modo a que evite as alterações celulares que provocam a doença.
«Esta vacina pode estimular uma reacção imunológica contra as células infectadas com o VPH», explicou um dos membros da equipa de investigação, Stephen Man, da Universidade de Gales.
O vírus do papiloma humano está associado a 95 por cento dos casos de cancro cervical, mas nem todos os portadores deste vírus acabam por desenvolver a doença.
Stephen Man, Alison Fiander e Amanda Tristam estão a recrutar 20 voluntárias que apresentem alterações celulares pré-cancerosas para aplicar esta vacina, desenvolvida pela empresa britânica Xenova Group Pic. O objectivo é que o sistema imunológico seja estimulado de maneira a destruir as células pré-cancerosas, evitando o recurso a cirurgias ou tratamentos através de raios laser.
Se a doença for diagnosticada e tratada na sua fase inicial, os especialistas garantem que as possibilidades de sobrevivência são mais elevadas. Actualmente, 465 mil mulheres são afectadas anualmente, 300 mil das quais acabam por morrer.