A China e o Brasil decidiram, esta quarta-feira, fomentar a investigação académica e o intercâmbio empresarial na área das ciências da informação, alargando a cooperação científica entre os dois países.
«O sucesso do primeiro satélite sino-brasileiro - lançado em 1999 - mostra que dois países em vias de desenvolvimento podem cooperar em programas de alta tecnologia» afirmou Carlos Pacheco, vice-ministro brasileiro da Ciência e Tecnologia.
Além disso, «há inúmeras possibilidades de cooperação na área da biotecnologia», nomeadamente no sector agrícola e na ciência de novos materiais, disse ainda Carlos Pacheco, no final do encontro com o seu homólogo, Li Xueyong.
Carlos Pacheco chegou, no domingo, a Pequim, acompanhado de vários técnicos do seu ministério. Para o vice-ministro brasileiro, os contactos na capital chinesa «foram muito estimulantes» e confirmaram a «forte disposição» dos dois governos para «incrementar a cooperação científica».
Entre diálogos e negociações, ficou acordado que, em Março, haverá um seminário universitário com investigadores informáticos e brasileiros, bem como foi decidido «estudar a criação de um centro de localização de software», em cada um dos países.
Esse Centro servirá para «apoiar as empresas» do sector e «generalizar o acesso à sociedade de informação», explicou Carlos Pacheco, adiantando ainda que somente no segundo semestre de 2002 deverá ser lançado o segundo satélite sino-brasileiro.
Certo é que o programa de cooperação especial entre as duas nações, estabelecido nos anos 80, é o único de mundo inteiramente concebido e realizado por dois países em vias de desenvolvimento.