Sociedade

Almeida disponível para dialogar mediante manutenção dos serviços de tesouraria

A Caixa está disponível para instalar uma área automática na sede da Câmara de Almeida, mas autarquia diz que solução não garante todos os serviços necessários. BE e PSD querem respostas do Governo.

A Câmara Municipal de Almeida está disponível para dialogar com a administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) desde que a tesouraria se mantenha na sede de concelho.

A CGD anunciou esta quinta-feira que continua disponível para instalar uma área automática na sede da Câmara de Almeida, com o apoio temporário de trabalhadores do banco, mas presidente da autarquia, António Baptista Ribeiro, não aceita esta solução.

Ouvido pela TSF, o autarca explicou que a solução da CGD não garante todos os serviços de que a população necessita.

António Baptista Ribeiro diz que continua aberto ao diálogo, e lembra que não foi ele que o quebrou, mas insiste que os serviços de tesouraria devem permanecer no concelho.

Esta quinta-feira, centenas de habitantes concentraram-se junto à agência da Caixa em Vilar Formoso para reivindicar a manutenção do balcão na sede concelhia. Para a próxima segunda-feira está anunciado um novo protesto junto ao mesmo balcão, o único que continua a funcionar no concelho de Almeida após o encerramento da agência na sede do concelho.

BE avança com perguntas ao Governo; PSD diz-se "indignado" com a situação e quer respostas de Costa e Centeno

O Bloco de Esquerda enviou hoje duas perguntas ao Governo de António Costa sobre o encerramento de balcões da CGD. Os bloquistas querem saber que medidas vão ser tomadas para "defender o interesse público" e o "interesse que a CGD deveria ter em manter a presença em todo o território", mas também que acordos foram "estabelecidos" entre administração da Caixa e as freguesias.

"O Governo tem, certamente, a obrigação de vir clarificar a situação", disse, no parlamento, o deputado bloquista Moisés Ferreira.

Pelo PSD, Carlos Peixoto sublinha que a "indignação" que existe por parte da população de Almeida é "partilhada" pela bancada social-democrata. Nesse sentido, o deputado considera que o primeiro-ministro, António Costa, e o ministro das Finanças, Mário Centeno, devem dar explicações.

"Não se ouve uma palavra do primeiro-ministro, do ministro das Finanças. Lavam as mãos como Pilatos e passam por entre os pingos da chuva fingindo que a responsabilidade é só da Caixa Geral de Depósitos", disse.

Notícia atualizada às 18h39