Cientistas norte-americanos, italianos e holandeses afirmam ter confirmado a teoria de que a extinção dos dinossauros foi provocada por uma glaciação que durou milhares de anos, depois de um asteróide ter atingido a Terra.
Num artigo publicado na edição desta semana da revista norte-americana «Geology», cientistas defendem que a extinção dos dinossauros foi provocada por uma glaciação que durou milhares de anos.
Uma tese sustentada pela análise a fósseis de plâncton com mais de 65 milhões de anos.
Segundo a teoria, a glaciação (fenómeno climatológico caracterizado pelo avanço dos gelos sobre regiões extensas) ocorreu devido ao impacto de um asteróide na Terra, que levantou uma massa de pó que cobriu o planeta, desencadeando ao mesmo tempo uma série de erupções vulcânicas.
Os cientistas indicam que uma das provas principais da colisão está numa gigantesca cratera deixada pelo impacto do asteróide na península mexicana de Yucatan.
Outra prova que sustenta a teoria são os pequenos organismos que vivem em temperaturas extremamente baixas que apareceram repentinamente num mar que antes era de águas quentes, disse Matthew Huver, professor de ciências da terra e da atmosfera na Universidade norte-americana de Purdue.
«Os fósseis indicam que ocorreu algo muito repentino que arrefeceu a água de forma suficiente para permitir a existência destas pequenas criaturas» explicou.
Na publicação, os cientistas sublinharam que o meteorito produziu enormes quantidades de partículas de enxofre como as que se elevam na atmosfera durante uma erupção vulcânica.
«Estas partículas taparam a Terra da luz e, em última instância, a redução da energia solar provocou uma onda fria que persistiu durante muitos anos», assinalou.