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Cientistas avisam que pode haver mais pessoas infectadas

Os cientistas britânicos lançaram esta sexta-feira um alerta: pode haver mais pessoas do que se julgava infectadas com a doença de Creutzfeldt-Jakob, a variante humana da BSE (Encefalopatia Espongiforme Bovina, ou doença das vacas loucas).

Num relatório publicado pela revista médica britânica «The Lancet», um grupo de peritos revela ter descoberto o caso de um doente de CJD com uma estrutura genética diferente da dos outros afectados.

Até agora, os médicos pensavam que as pessoas mais susceptíveis de contrair esta doença neurovegetativa eram as que tinham mais genes homozigóticos da proteína prião causadora da doença tanto nos seres

humanos como nos animais.

A maioria dos afectados apresentava esta estrutura genética, presente em 37 por cento da população, pelo que se julgava ser este o grupo de maior risco.

Porém, o último caso investigado - uma pessoa idosa infectada por uma transfusão de sangue - levanta dúvidas sobre esta teoria, na medida em que a vítima, em vez de dois genes pares, tinha dois genes heterozigóticos do prião.

Cortez Pimentel, neupatologista do hospital de Santa Maria, explicou à TSF a importância desta descoberta: «essa característica genética é a que está mais espalhada entre a população europeia, o que alarga bastante o número de pessoas que podem ser contaminadas».

Redação