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Programa de vigilância em curso no país

Após o alerta lançado por cientistas britânicos, que julgam ser possível haver mais pessoas infectadas com a doença de Creutzfeldt-Jakob, a variante humana da BSE, o cientista Rui Calado explicou à TSF o que está a ser feito em Portugal.

Rui Calado, que pertence a um grupo de acompanhamento da BSE (Encefalopatia Espongiforme Bovina, ou doença das vacas loucas, lembrou que em Portugal ainda existe uma certa relutância em ordenar as autópsias - única forma de verificar se se confirmam, ou não, as suspeitas relacionadas com a contaminação eventual da doença.

O cientista revelou que está em curso em Portugal um programa de vigilância que «assenta na recolha de informação» que pode ser efectuado por «três vias» distintas.

«Uma através do certificado de óbitos, outra através do boletim de doenças de declaração obrigatória e outra através de um inquérito epidemiológico feito às pessoas às quais foi feito o diagnóstico», explicou.

Relativamente às autópsias, Rui Calado garantiu que estão ser realizadas desde que exista a necessária autorização da família.

«Existe a indicação para todos os neurologistas tentarem junto das famílias a autorização para que as autópsias possam ser feitas», afirmou à TSF referindo «que ultimamente têm sido feitas no Hospital São João».

Rui Calado realçou também que, «neste momento, o Hospital de Santa Maria e o Hospital da Universidade de Coimbra já retomaram o processo de autópsias que tinha sido interrompido por questões de segurança».

Redação