O neurologista Carlos Lima, do Hospital Egas Moniz, explicou que a importância do trabalho dos norte-americanos, que receberem o Prémio Nobel da Medicina, foi a descoberta de que existem genes próprios para o olfacto e que vão produzir proteínas específicas do sistema olfactivo periférico.
A importância do trabalho Richard Axel e Linda Buck foram, que esta segunda-feira foram galardoados com o Prémio Nobel da Medicina 2004, foi destacada pelo neurologista Carlos Lima, que lidera uma equipa no Hospital Egas Moniz.
Em declarações à TSF, Carlos Lima explicou que a grande importância do trabalho dos norte-americanos foi a descoberta de que «existem genes próprios para o olfacto e que vão produzir proteínas específicas do sistema olfactivo periférico».
O neurologista disse ainda que só há cerca de 20 anos é que o olfacto começou a ser estudado de forma mais profunda, «talvez porque seja dos sentidos mais primitivos», mas sublinhou que «muito do olfacto ainda está por descobrir».
Carlos Lima ajuda doentes paraplégicos e tetraplégicos a recuperarem a sensibilidade e até alguma mobilidade. A sua equipa descobriu que os neurónios do olfacto reproduzem-se mesmo em adultos.