A malária poderá ser em breve combatida por vacina produzida pela GlaxoSmithKline. A farmacêutica fez estudos em Moçambique com um composto, que revelaram ter uma eficácia de 30 por cento nos episódios clínicos da doença.
A primeira vacina contra a malária poderá estar muito próxima de ser pronta, isto depois de ter corrido com sucesso um ensaio clínico em Moçambique com um composto experimental desenvolvido pelo GlaxoSmithKline.
De acordo com um estudo publicado na revista médica «Lancet», a vacina mostrou uma eficácia de 30 por cento face aos episódios clínicos da malária num estudo onde foram incluídas 2022 crianças de ambos os sexos do sul do país.
O estudo revelou ainda uma eficácia de 45 por cento na infecção primária pelo «plasmodium falciparum» (o parasita responsável pela maior parte dos casos em África), tendo chegado aos 58 por cento nos casos mais graves da doença.
Por outro lado, ao contrário dos ensaios em adultos, que indicavam uma duração mais curta, a protecção oferecida às crianças é de, pelo menos, seis meses.
O parasita na origem da doença, que se caracteriza por uma grande complexidade, é cada vez mais resistente aos medicamentos e torna-se cada vez mais virulento. Em 2010, estima-se que metade da população mundial, cerca de 3500 milhões de pessoas, viverá em regiões de transmissão de malária.