A noite de quarta para quinta-feira vai ser mais escura, com um eclipse total a «esconder» a Lua entre as 02:14 e as 05:54. O fenómeno só se volta a repetir em Portugal em 2007.
A astrónoma Alfredina Campo defende que os portugueses não devem perder o eclipse total desta semana, até porque é visível em todo o país, se o céu se mantiver sem nuvens.
Ainda assim, caso seja possível ver o eclipse, Alfredina não tem dúvidas de que «será muito bonito», porque a Lua nunca desaparece totalmente, devido a radiações, à iluminação indirecta e outros fenómenos, que permitem ver sempre o círculo lunar.
«Mesmo quando se dá um eclipse total vê-se sempre o disco. Os tons em que se apresentam variam em função da própria atmosfera, da existência de poluição. Neste eclipse prevê-se que o círculo apresente um tom alaranjado», disse à agência Lusa.
Enquanto os eclipses do Sol não são visíveis em toda a parte, os da Lua sim, desde que esta esteja em posição favorável: que seja de noite nos lugares em que se dá o fenómeno, que nesta quinta-feira abrange a Europa, África e a quase totalidade da América.
Nessa noite a Lua entra na sombra projectada pela Terra às 02:14 e será totalmente tapada às 03:23. O eclipse total decorre durante uma hora e 22 minutos, pelo que às 04:45 a Lua começará a sair do cone de sombra do Sol, estando totalmente «liberta» às 05:54.
Em cada ano dão-se em média dois eclipses da Lua, sendo no entanto menos frequentes os eclipses totais. No ano passado e já este ano deram-se eclipses totais, mas um ciclo assim seguido só vai ocorrer de novo dentro de quase 50 anos.
Antes de explicados pela ciência foram estes que infundiram mais temores e superstições, estando a sua ocorrência muitas vezes associada a catástrofes ou epidemias.