José Mourinho, em entrevista ao Jornal «Record», negou ter celebrado qualquer acordo com Luís Duque para vir a ser o treinador do Sporting. Sobre Manuel Vilarinho, Mourinho foi contundente: «não manda nada no Benfica».
José Mourinho (na foto), em entrevista ao Jornal «Record», negou ter celebrado qualquer acordo com Luís Duque, presidente da SAD do Sporting, para vir a substituir Augusto Inácio no comando técnico do clube de Alvalade.
O ex-treinador do Benfica desmentiu, também, ter-se encontrado com o dirigente leonino, no dia seguinte ao «derby» da Luz, de forma a negociar uma eventual transferência para o Sporting, e «desafiou» os responsáveis «encarnados» a apresentarem provas desse suposto encontro.
No entanto, Mourinho confirmou ter confrontado e pressionado os responsáveis do Benfica, com o facto de que teria um acordo com outro clube, que não o Sporting, e que abandonaria a Luz, caso os dirigentes «encarnados» não lhe prorrogassem o contrato.
Apesar de não se ter mostrado arrependido por ter ficado no Benfica depois de Manuel Vilarinho ter sido eleito presidente, José Mourinho referiu que são os investidores que definem a política de contratações do clube, e que o actual presidente «não manda nada no Benfica».
Em entrevista à TSF, Álvaro Braga Júnior, ex- director executivo da SAD do Benfica, que neste momento se encontra ligado aos quadros directivos do Imortal de Albufeira, conjunto da Segunda Liga, manifestou todo o seu apoio a José Mourinho.
«Quando José Mourinho chegou ao Benfica, havia meia dúzia de pessoas que acreditavam que ele seria capaz de conduzir o clube ao alcance das suas ambições legítimas. Uma semana depois, muita gente estava rendida à sua postura. As pessoas tinham-se apercebido da qualidade do seu trabalho», frisou.
Álvaro Braga Júnior comentou, também, que a anterior direcção do Benfica e José Mourinho já tinham determinado que o seu vínculo contratual iria ser prolongado, mesmo antes das eleições.
«Havia uma vontade de ambas as partes em alargar o contrato que ligava José Mourinho ao Benfica. Esse desejo foi manifestado ainda antes das eleições. O contrato ficou decidido em 30 segundos, e abarcava tanto as condições financeiras como o período de duração», concluiu.