A decisão aprovada hoje pela Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Futebol, que reduz para quatro o número limite de jogadores estrangeiros inscritos na I Liga e II Ligas, não está a ser pacífica. A Liga de Clubes pede a nulidade da deliberação.
Já na próxima época o número de jogadores extra-comunitários a utilizar pelos clubes profissionais vai ser reduzido de seis para quatro, alinhando apenas dois por cada jogo.
A partir da época 2002/2003, o número passa para dois inscritos e apenas um futebolista pode jogar por encontro. O presidente do Sindicato dos Jogadores, António Carraça, entende que o jogador português sai beneficiado com esta medida
«Defendemos o jogador nacional e a aposta clara, concertada e qualificada na formação de jovens jogadores portugueses», referiu.
Já a Liga de Clubes votou contra a medida e vai mesmo pedir a nulidade da decisão. Nuno Albuquerque representou o organismo que tutela o futebol profissional na Assembleia mas considera que esta decisão é «um tiro no pé do futebol nacional».
«Quem sai derrotado hoje é o futebol português e não a Liga. As consequências nefastas que podem ocorrer no futebol português são extremamente gravosas. É um tiro no pé», acusa.
Para já vai ser pedida a nulidade da decisão da Assembleia Geral federativa, fazendo prever uma batalha legal entre o organismo que tutela os clubes profissionais de futebol e a FPF
«A Liga pediu a certidão desta decisão para que, se os clubes assim o entenderem, vir a requerer não só a suspensão da deliberação, mas também, interpor recurso contencioso de anulação desta decisão por violação das normas comunitárias».