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«Era uma espinha atravessada na garganta do dr. Manuel Vilarinho»

A poucos dias de inciar uma nova aventura no estrangeiro, Dani dá hoje uma entrevista ao jornal «Record». O jogador fala da sua passagem pelo Benfica, criticando a forma como foi tratado pela actual Direcção, que acusa de ter destruído a equipa.

Dani deverá começar a treinar no Atlético de Madrid na próxima semana, apesar da concretização do seu acordo com o clube espanhol estar ainda dependente da decisão da Comissão Arbitral Paritária.

Em entrevista ao jornal «Record», o antigo jogador do Ajax diz-se «bastante ofendido por esta Direcção», uma vez que o seu nome «foi utilizado em várias vertentes sem provas», numa tentativa de «prejudicar a sua carreira» e prejudicá-lo «como cidadão».

Dani afirma que ainda não percebeu o porquê de ter sido suspenso pela Direcção de Manuel Vilarinho e conta a sua versão dos factos: «Eles falaram em coisas gravíssimas, mas quando entregaram a nota de culpa não havia factos gravíssimos nenhuns».

Apesar de se recusar a dizer quais as acusações que lhe são imputadas, pois fazem parte do processo que está na Comissão Arbitral Paritária, o internacional português defende-se dizendo que «não havia factores profissionais que estivessem a provocar um mau rendimento, antes pelo contrário».

No dia da suspensão, Dani afirma que, ao contrário do que a imprensa disse, «não chegou atrasado ao treino» e que «estava no balneário já equipado» quando foi chamado pelo presidente.

Assim sendo, Dani só encontra uma explicação para o que se passou: «Penso que era uma espinha atravessada na garganta do dr. Manuel Vilarinho, que se queria ver livre de mim o mais rapidamente possível».

Na entrevista ao «Record», o jogador considera ainda que José Mourinho e Mozer estavam a fazer um bom trabalho e que não havia motivos para «destruir isso».

«Se calhar achavam que o que se estava a formar entre o grupo e essa equipa técnica estava a ser muito forte ou forte de mais para as intenções que o dr. Manuel Vilarinho tinha em relação ao treinador».

Por último, Dani diz também que ficou desiludido com o papel do director desportivo António Simões em todo este processo.

«Ele esteve ao corrente do processo todo e fiquei desiludido por não ter tido uma única palavra para comigo, nem se ter preocupado em ouvir o meu lado da história. Já que me conhecia há tanto tempo, podia ao menos ter falado comigo».

Dani refere que António Simões «poderia ter intercedido junto das pessoas para pensarem duas vezes» quando decidiram a suspensão, pois estava presente quando Vilarinho lhe comunicou a suspensão e «não disse absolutamente nada».

Redação